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O que é eterno permanece

  • Nayrallima
  • 6 de ago. de 2017
  • 5 min de leitura

"Senhor, teu amor por mim não fica paralisado diante da minha recusa em corresponder" Sue Garmon

Entre e fique à vontade. Temos muito que conversar.

Estou em dívidas por aqui (vergonha rs) vou tentar reparar, prometo!

Olá, como você está hoje? Vá pensado aí…

Tenho muito que compartilhar, espero que o discernimento e humildade que vem de Cristo, estejam sobre esse texto. Amém!

No primeiro período da faculdade estudei sobre o filósofo e teórico da área da comunicação, Marshall McLuhan, em uma de suas obras ele apontou que os meios de comunicação se tornaram extensões do homem, ou seja, algo necessário para a subsistência, autonomia e manutenção da vida do ser humano, como braços e pernas.

O cara ainda criou o termo “aldeia global” para explicar os efeitos dessa comunicação massiva sobre a sociedade contemporânea.

É interessante porque “graças” a comunicação global, podemos saber mais sobre culturas diferentes, selecionar (ou não) o que queremos consumir de informação, romper barreiras geográficas, étnicas, políticas. Na verdade isso provocou uma vasta homogeneização sócio-cultural, que consequentemente, acarretaria em múltiplas cadeias ideológicas, contudo, por ser massiva, levariam todos para o mesmo centro - o centro da ideia comum.

Para ilustrar superficialmente sobre o que estou falando, vou dar um exemplo bem simples. Estava conversando com uma amiga, sobre a maneira como o cinema norte americano (ps.: não somos críticas de cinema, foi apenas uma descoberta, acredite!) permite que você conheça a realidade de uma cultura diferente da sua, porém, da maneira que eles querem contar, por meio apenas, de personagens “simbólicos” do cinema - aqui claro, a Marvel . Nada contra os personagens, até acho as blusinhas uma fofura. Já percebeu como os produtores de cinema romantizam toda a história criando esse ícone de defesa dos EUA, e a humanidade defende esses personagem com unhas e dentes? Podemos até lembrar filmes de Snipers que idolatram a pátria, contudo, do outro lado estão os demonizados países do Oriente Médio e Ásia que não tem a mesma oportunidade de contar sua versão, porque o cinema naquela região não é tão forte assim. O mundo bloqueou oportunidades de defendê-los em momentos de discussões, justamente por essa lógica produzida por megas produções cinematográficas, e consumida silenciosamente por muitas pessoas, - estou sendo até legal em falar “muitas”. Meu amigo McLuhan não errou, os questionamentos realmente foram empurrados goela abaixo, de forma massiva, sem porquês, e deu nisso, passividade mundial.

Vou inclusive sugerir o documentário disponível na Netflix “The White Helmets” - Os capacetes brancos, o curta-metragem é sobre um grupo de voluntários que dedicam seu tempo entre salvar vítimas civis de ataques na Síria, e cuidar de sua família. Espero que você consiga sentir o outro lado da moeda, caso não tenha tido oportunidade de tê-lo conhecido ainda. Ali, nada é ficção.

Outro ponto que eu gostaria de destacar é o fluxo exagerado de informações. Não irei condenar a lei do Marco Civil da Internet sancionada em 2014, que permite que qualquer pessoa produza conteúdo relacionado ao uso da internet. Como toda lei, essa também possui pontos centrais, como a garantia da liberdade de expressão, proteção de dados de usuário e a neutralidade da rede. Voltando ao que disse anteriormente, não estou condenando a lei, apesar de ser útil e um grande pulo na democracia, comparado à época da ditadura, porém, preciso destacar alguns pontos que não colaboram para o desenvolvimento das plataformas da internet, como uma ferramenta confiável de informação. Nesta aldeia global chamada internet, existe uma falta desenfreada de controle. São muitas coisas que me deixam preocupada. Muito jornalismo amador arrotando soberba ideológica, “médicos” virtuais com diagnósticos diversos para qualquer tipo de doença ( e muito “paciente” se dando mal), juízes da lei que nunca pagaram uma cadeira de introdução ao direito se acham coerentes aos escreverem absurdos nas redes sociais, conteúdos racistas, que não respeita o próximo. Muita gente “bacana” doutrinando pessoas comuns, pela busca do hedonismo - o puro prazer humano, e tantos outros falando de um Jesus que não tem na bíblia (aquela lógica de adequar Jesus aos padrões do homem, quando na verdade seria o contrário).

Apesar desse descontrole, tem muito conteúdo legal também, muita gente que entrega ferramentas para que as pessoas pensem. Muitos que ajudam através de suas experiências, site por exemplo com conteúdos AMAZING de inglês (Valeu Mairo Vergara) e tantos outros, inclusive o laboratório de memes (amo memes <3). Mas no meio disso tudo, a informação de ontem de manhã, já não vale mais. O texto belíssimo do importante economista falando sobre análise da situação econômica do país, só vai servir pela relevância de detalhes (a quem importa saber) - a crise política, os bombardeios nos países do Oriente, a notícia do blog na segunda-feira de manhã, o stories, o desabafo no youtube, tour pela casa (isso aqui é sério rs) tutorial de como fazer isso ou aquilo, e, inclusive esse texto que você está lendo, todas essas informações e as que eu não citei aqui, todas! são apenas conteúdos que amanhã, bem, amanhã elas já não valem tanto assim. Amanhã necessitamos de mais e mais, porque de fato, estamos nos tornando condicionados a essa necessidade desenfreada pela informação atualizadíssima, aqui e agora. E isso é preocupante. (fora os conteúdos da tv que não irei comentar nesta ocasião, é preocupante perceber como a grade de programação é montada, e pra quem é montada. Subestima demais as pessoas).

É louco, né? Às vezes eu sinto uma enorme necessidade de parar o jogo e descer para o play, como costumam dizer. Essa velocidade de coisas podem afetar o emocional do ser humano, porque temos essa dificuldade do controle pleno das emoções, e eu estou tendo essa dificuldade.

Contudo, na primeira carta de Pedro, capítulo um a seguir, ele considerou que mesmo que fossemos entristecidos por qualquer tipo de provação, a salvação de Cristo estaria prestes a ser revelada. Na verdade, uma esperança em meio o desespero. Mas o que quero citar mesmo, e que vai dialogar com a proposta do que resolvi escrever, é que na sequência, Pedro vai orientar os peregrinos dispersos no Ponto (província romana) na Galácia, na Capadócia, na província da Ásia e na Bitínia através dessa carta, sobre o louvor a Deus por uma esperança viva. A escrita de fácil compreensão é direcionada para os cristãos amedrontados por supostos rumores de perseguição vindo de Roma ( rumores sangrentos, se é que você me entende). Pedro um homem humilde, que já havia tido um encontro genuíno com Cristo, apesar do passado de traição, propaga esperança no meio da aflição dos corações, e apesar de seus leitores correrem risco de vida, ele lembrava sempre que “o sofrimento é temporário, e a dor expõe e refina a fé verdadeira”.

Para encerrar o capítulo um, Pedro diz o seguinte “ Toda a humanidade é como a relva, e toda sua glória como a flor da relva; a relva murcha e cai a sua flor, mas a palavra do Senhor permanece para sempre”.

As coisas que são transitórias precisam diariamente se reinventar, aquilo que é eterno permanece.

Sim, voltando a pergunta que eu fiz no início, como você está hoje?

Com amor,

Nayra Lima

Referências:

Bíblia de estudos facilitado. Notas de Philip Yancey e Tim Stafford; trad. Daniel Faria. - São Paulo: Mundo Cristão,2013.

BRIDI, Nátalia. Os capacetes Brancos. Disponível em

<https://omelete.uol.com.br/filmes/noticia/os-capacetes-brancos-george-clooney-vai-adaptar-doc

umentario-da-netflix-sobre-conflito-na-siria/> acesso em 05 de ago 2017

Estudos da semiótica. Marshal Mcluhan. Disponível em <https://aboutmarshallmcluhan.wordpress.com/category/aldeia-global/> acesso em 05 de ago 2017

PAVAN, Bruno. Um novo Marco para a Internet. Disponível em <https://www.brasildefato.com.br/node/27566/> acesso em 05 de ago 2017


 
 
 

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